segunda-feira, 17 de junho de 2013

Monotrilho (Monorail, Aerotrem) versus BRT (Bus Rapid Transit - transporte rápido por ônibus)

Lembranças do tempo de Companhia de Transporte e Trânsito de Belém - CTBEL, atual SEMOB - Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (órgão da Prefeitura Municipal de Belém):

Quando trabalhei como Diretor Geral na CTBEL, atual AMUB, estive no Ministério das Cidades (em 2009) em busca de recursos para implantação do MONOTRILHO, trem moderno e confortável, cujos trilhos são suspensos, instalados sobre pilastras. Em Belém, o plano era implantá-lo nas avenidas Almirante Barroso e Augusto Montenegro. O técnico do Ministério insistiu que se o projeto fosse para o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), seria mais fácil de viabilizar a aprovação a um projeto, com linha de crédito para financiamento disponível. Logo depois, o VLT deixou de ser o foco no MC, que foi transferido para o BRT e o próprio MONOTRILHO para grandes cidades.

Representantes da empresa alemã de MONOTRILHO Intamin vieram a Belém para conhecer a cidade e as duas vias (Almirante Barroso e Augusto Montenegro), que tiveram suas características confirmadas como viáveis para implantação, sob o ponto de vista técnico. Também aconteceu uma conferência telefônica com representantes da empresa canadense Bombardier, que também demonstrara interesse em participar do processo em Belém. Às duas empresas, disponibilizamos informações sobre o volume de passageiros do sistema.

Infelizmente, nada foi pra frente. O prefeito Duciomar nessa época me disse que embora concordasse que o MONOTRILHO era o melhor, este era mais caro que o BRT, que o município já dispunha de todos os estudos para a implantação do BRT e que esse era o melhor encaminhamento junto ao governo federal. Já que dependíamos do governo federal, o prefeito fez a melhor escolha possível.

Deixei a CTBEL no primeiro semestre de 2010, e passei a atuar em outras áreas do governo municipal. Ainda assim, permaneci manifestando minha opinião, de que a opção do MONOTRILHO era melhor que a do BRT, principalmente por não termos em Belém outras boas vias alternativas para a entrada e saída da cidade. Para a execução das obras do MONOTRILHO não seria necessário estreitar a Almirante Barroso, tampouco interromper continuamente as duas faixas da avenida, já que boa parte do trabalho seria feita na madrugada, segundo os técnicos das empresas de monotrilho.

Já que não temos demanda para ter os dois modais, espero que o sistema funcione bem com o BRT e alivie o volume de tráfego nas duas grandes vias e no restante da cidade.

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